A Qualidade da Democracia
Cumprir o dever ou gozar (d)o direito?
Cívico, está claro. O poder local em Portugal é jovem, e nós por aqui detentores juniores da identidade de cidadãos de um país democrata. O resto da Europa assistiu com assombro à maneira particularmente célere como Portugal alterou hábitos no pós-ditadura para padrões comportamentais tão mais semelhantes a esta. O novo perfil português não tardou a incluir factores negativos como a abstenção, ao contrário de outros positivos como a eficiência e a produtividade. Em dia de eleições urge questionar a participação cívica - depois da acalorada participação pós-25 de Abril, onde pára a cidadania activa? Um dos indicadores desta, a percentagem de cidadãos nacionais membros de Associações e Organizações Não-Governamentais, está lamentavelmente longe da média Europeia.
Este e outros problemas que enfrentam hoje as democracias, claramente não apenas a nossa (fim das ideologias na cena político-partidária - e correspondente quebra dos laços entre eleitores e partidos, desresponsabilização de políticos e administração pública, sub-representação feminina ou de segmentos sociais minoritários, clientelismo e corrupção) não serão todos solucionáveis através de reformas políticas mas pela participação cívica (de todos) e debate democrático (realisticamente, sobretudo dos representantes).
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