[quote_____:THAT]

20060226

The world united against terrorism.


[2.863 people died; 824 million people starving in the world]

It should also be united against HUNGER.

Depois da ida a Nova Iorque encontrei estes cartazes da MTV, onde ainda se vêm as torres da Brooklin Bridge. A sua mensagem sempre ressoou comigo - não seria fantástico se o pior da natureza humana pudesse trazer o melhor dela ao de cima?

The world united against terrorism [I]


[2.863 people died; 40 milllion of HIV infected in the world]

It should also be united against AIDS.

The world united against terrorism [II]


[2.863 people died; 630 million of homeless people in the world]

It should also be united against POVERTY.

20060215

Mais turismo - Torrejais


Vista do corredor exterior da casa da Horta de Torrejais.

No seguimento do meu "Best of" da nossa nação lusa, focado no turismo rural, aqui fica a referência a esta Horta no Baixo Alentejo. Passeando por esta propriedade pode-se encontar para além da horta e jardins das casas, uma ribeira, um olival, uma laranjal, e até mato mediterrânico! Uma das duas casas da propriedade é uma casa do séc. XIX recuperada, à qual se adicionou uma parte nova - ambas com a mão da Arq.ª Teresa Ferreira. O design do site, como noutros casos, deixa a desejar, mas vale a pena ver as fotos da casa e a planta da propriedade para um cheirinho do que por lá se pode encontrar.

Os árabes deixaram-nos as paredes caiadas, o cheiro a alecrim, o gosto pelas hortas e sistemas de rega experimentados em laboratórios naturais chamados oásis.


À Horta de Torrejais, percorrida pela Ribeira com o mesmo nome, pode-se chamar isso mesmo: oásis. A simples arquitectura da casa, com os seus tectos de abóbada ou de caniço, é continuada no exterior por uma arquitectura vegetal em que as laranjeiras formam colunas e as romaneiras arcos.

A produção e apanha dos diversos frutos marcam o ritmo e a cor da paisagem, a par das diferentes aves que nos visitam e animam com as suas cores e cantos.
No Verão com o calor, o som da água na ribeira acalma, e um bom banho na piscina refresca. No Inverno, o olival desempenha a sua última função no ciclo produtivo dando o seu futuro para ser transformado no ouro verde: o azeite. Os finais dos dias passam-se à lareira em amenas conversas.

[...] esta vetusta casa expressa bem o carácter da terra alentejana, constituindo excelente exemplo da arte dos mestres pedreiros do passado, os quais dentro de uma tradição que encontra as suas raízes no legado construtivo islâmico-berbere, sabiam edificar em perfeita empatia com o «local» e com os materiais construtivos que tinham à mão: a terra batida, a alvenaria de pedra, a telha e as «baldosas» de fabrico manual, o caniço, a madeira e pouco mais.

In Artigo introdutório à Horta de Torrejais e Projecto de TRE Horta de Torrejais - caracterização ambiental e paisagística

20060214

A paridade de género na sociedade ocidental e a alteração do papel das mulheres no mundo islâmico

A questão da ‘paridade entre homens e mulheres’ nas sociedades ocidentais contemporâneas já não pode ser reduzida à questão da ‘afirmação das mulheres no espaço público’. No contexto actual o objectivo da consolidação de uma real paridade de género passa sim necessariamente pela afirmação do homem no espaço privado da casa e da família e por uma partilha da acumulação de papéis - que agora se verifica no feminino no triângulo da missão impossível casa- família/ beleza- virtude/ carreira- competência profissional.

Na actualidade a questão da paridade, que se reflecte nomeadamente no acesso feminino a cargos de liderança, está directamente relacionada com afirmação do homem no seu papel doméstico. Infelizmente aqui o legislativo não consagra ainda essa paridade em muitos países, confrontando-nos com uma discriminação que não é apenas cultural.Falta-nos, tal como a muitos outros países no Ocidente, uma legislação que siga o exemplo escandinavo e não desvalorize a paternidade em favor da maternidade, colocando nos ombros da mulher o ónus social e a penalização profissional inerente às responsabilidades acrescidas relativas aos filhos do casal, principalmente nos primeiros anos de vida. Esta é claramente uma das razões pelas quais os casais têm cada vez menos filhos e cada vez mais tarde - uma ameaça à paridade e ao pilar da família que na nossa sociedade parece atacada em todas as frentes.

É de sublinhar que é evidentemente de paridade e não de igualdade que se trata - não são desvalorizáveis as especificidades femininas (como a maternidade), nem as masculinas (como o direito à consagração na lei de um papel familiar activo e responsável no masculino, concretizado nomeadamente num período de licença para apoio aos descendentes) - até porque as diferenças são capitalizáveis não só por ambas as partes como pela sociedade em geral.

Num cenário internacional onde o funamentalismo islâmico parece ganhar senão força certamente relevância, questiona-se o potencial da mulher nas próprias sociedades islâmicas como agentes de mudança. De facto, a educação das mulheres nos países muçulmanos poderia ser o pé na porta para uma alteração não só da sua própria situação actual como da de toda a sociedade em que estão inseridas.

Existe no entanto uma grande variedade de situações no mundo muçulmano e parece-me difícil que uma receita possa ser aplicável a todo ele. Nos casos em que nos deparamos com o binómio pobreza-ignorância, a violência é muitas vezes endémica tanto na sociedade como no seio da família e aí as questões que se deveriam começar por colocar seriam as da melhoria da qualidade de vida no sentido da satisfação de necessidades básicas - premissa na ausência da qual muitos assuntos não podem sequer começar a ser tratados.

Apesar do acima exposto, será naive pensar que as mulheres terão um papel activo numa mudança civilizacional radical e rápida, até porque estas assumem muitas vezes um papel conciliatório de evolução na continuidade e da passagem das tradições para as gerações mais novas. Acresce o facto de as muçulmanas em particular ressentirem o que é percepcionado como a objectificação ocidental da mulher (que até no ocidente originou - e por vezes ainda alimenta - a discussão que resulta do confronto entre as questões da afirmação sexual e da objectificação). Assim, verificar-se-ão seguramente resistências a evoluções direcionadas para uma ocidentalização do papel da mulher na sociedade islâmica.

É lenta a evolução das mentalidades em sociedades e tal deverá ser tido em conta no desenvolvimento de uma estratégia paralela aos apoios (discretos se diplomáticos) no sentido da educação e emancipação das mulheres nas sociedades islâmicas. Teremos, tal como nos mostram episódios tão recentes como o das caricaturas dinamarquesas, de nos habituar à ideia de lidar com o contexto concreto que temos no presente enquanto este não se altera e enquanto aguardamos a confirmação do carácter imparável da evolução das sociedades...

[Em resposta a este post no BLUE LOUNGE]

20060212

Best of... Portugal!


Quinta do Barrieiro 'Vá para fora cá dentro'.

O slogan é de facto bom, senão não teria ficado na nossa memória. Este post vem na senda da discussão no [quote_____:THAT] sobre a imagem do nosso cantinho à beira-mar plantado, nomeadamente a nível do que temos para oferecer na área do turismo. Segundo muitos economistas esta devia ser uma das áreas - tal como a dos
produtos tradicionais como o vinho - onde se deveria começar por investir ('começar pelo começo' tal como sugerido no relatório sobre Portugal e a sua competitividade do conceituado economista de Harvard Michael Porter, realizado em 1994 e cujas conclusões foram em parte reafirmadas oito anos depois) para atingir o objectivo de melhorar a economia nacional e a sua competitividade em geral. Isto porque nestas áreas temos uma potencial vantagem comparativa - no presente trata-se contudo de um sector com um desenvolvimento embrionário em relação às suas potencialidades, aliás tal como o sector vitivinícula, mas esse fica para outra oportunidade.

Começaria por sugerir um site que é um bom exemplo de promover o que temos de melhor a nível das escapadinhas, esse 'vá para fora cá dentro', ou 'venha cá para dentro lá de fora' - isso era o que nos interessava mesmo! No Wonderfulland pergunta-se: 'Quer descobrir um país maravilhoso?' Ah pois concerteza que sim, e também queria que terminassem a versão inglesa para eu a divulgar aqui...

É pena que o site da Quinta da Caniçada não tenha design e fotografias à altura do que lá se pode encontar. Pelo contrário, o site da fantástica Aldeia da Cuada é um exemplo para outros, embora falhe ao não contar a história da recuperação exemplar de toda uma aldeia abondonada na ilha das flores no seguimento da imigração massiva dos seus habitantes açoreanos para os Estados Unidos. Cada casa recuperada foi batizada com o nome de família dos seus antigos proprietários, cujos descendentes gostam de agora alugar para umas férias 'em casa'.

Os guias 'Best of' abundam e os sites Visit Portugal e myguide.pt têm já uma qualidade considerável - a consultar também pelos nativos!

MyGuide is a web site dedicated to leisure, tourism and culture, available online. [...] the goal of this project is to show the best of Portugal to the world: from arts to gastronomy, through music, cinema, fashion or architecture.

We bet on quality and that is why we give you a rigorous content selection and a new design, modern and appealing.

Simple and easy to use, in MyGuide, you'll find all the information you need, in different languages (Portuguese and English).

Besides presenting general information about Portugal, each edition is dedicated to a different city or region. And that is because MyGuide was made not only for those who visit Portugal, but also for those who inhabit it, enabling them to fully enjoy everything Portugal has to offer. Either on holidays or during our day-to-day life, Portugal has a great deal of surprises and plenty to discover.

Yes, please!

[in myguide.pt]

20060207

Reciclar - as metas europeias

O secretário de Estado do Ambiente, Humberto Rosa, reconheceu hoje à agência Lusa que a reciclagem de embalagens de plásticos em 2005 ficou aquém da meta dos 15 por cento imposta pela directiva comunitária. Contudo,

"Há que salientar que em quatro indicadores falhámos um. Cumprimos as metas para o vidro, papel/cartão e metal, e falhámos por quatro por cento no plástico".

Em cada uma das quatro fileiras de embalagens Portugal deveria ter reciclado no ano passado 15 por cento do que é colocado no mercado, meta que foi ultrapassada em três destas com uma taxa de reciclagem de 45% para o vidro, 60% para o papel e cartão e 57% para os metais.

"Ainda há muito para fazer em Portugal, tanto mais que as metas comunitárias para 2011 são muito mais exigentes. Queremos nomeadamente fomentar a recolha porta-a-porta e em zonas rurais, assim como a recolha em organismos da Administração Pública", disse.

Entretanto, a entidade gestora dos resíduos de embalagens em Portugal, a Sociedade Ponto Verde (SPV), anunciou hoje ter cumprido as metas definidas pela União Europeia pata "todos os materiais". As quantidades de embalagens recolhidas e enviadas para reciclagem pela SPV "permitiram não só atingir como ultrapassar as metas definidas" para a empresa em 2005, refere a SPV em comunicado hoje divulgado. Somando todas as embalagens, entre vidro, papel/cartão, plástico, aço, alumínio e madeira, a SPV contabilizou o envio de 319.660 toneladas de material, o que representou um aumento de 18 por cento face ao ano anterior.

20060206

Reinventar a roda?

Fui criticada pelo meu post anterior e admito que o texto não é recente, diz algumas barbaridades completas com as quais também não concordo e mancha em geral o nosso orgulho nacional.

Mantenho-o apesar disto porque remete nomeadamente para a questão que curiosamente também atingiu o ego do nosso comentador anónimo: a que está patente naquela parte do 'to get laid'.

A realidade é que fomos nós que desenvolvemos o argumento da mestiçagem como um dos argumentos modernos para justificar o lado sombrio dos descobrimentos quinhentistas e colonização portuguesa em geral - uma coisa positiva que os Portugueses 'fizeram' durante as suas descobertas/colonização; uma prova da sua não-discriminação para com as nativas, perdão os nativos [os quinhentistas portugueses eram já tão modernos!], ao contrário dos outros europeus claro [que por acaso levavam nas suas viagens para além do padre como nós, as respectivas mulheres - hum, não será que isso os faz mais modernos a eles?].

Não foi portanto o nosso amigo Gill que inventou esta ideia só para nos ofender - fomos nós que a idealizámos e continuamos a papaguear com a satisfação de quem conta uma história da carochinha.


Pardon my french.

20060205

Portugal visto por um camone

O humor pode ser implacável e neste caso devia levar a uma auto-reflecção em relação aos nossos brandos costumes, mas principalmente em relação à imagem que passamos para o exterior. Apesar do amargo de boca e de não concordar com todas as observações e argumentos deste texto, rendo-me ao humor deste beef! Se bem que do país onde o prato nacional é o fish and chips a legitimidade para fazer alguns deles não abunda...

I've never been to Portugal, so my prejudices about the salty Iberian appendix are unsullied and uncorrupted by acquaintance. It is with a disinterested authority, therefore, that I can say Portugal is Belgium for golfers, a place so forgettable that the rest of us haven't even bothered to think up a rude nickname for it.

Portugal is Britain's oldest ally - like that keen exchange student your mother forced you to be nice to, and who turned up in paperweight glasses and national costume. It's also the only colonial power that was given independence by its own colony. Brazil told Lisbon it would just have to stand on its own two feet now, because, frankly, being seen out with it was getting embarrassing. Portugal's colonial reputation was for being overfamiliar with the folk they were ripping off. In fact, there is a theory that the Portuguese only got an empire as a desperate attempt to get laid.

The world is dotted with plain mates on double dates, countries that are gawkier, hairier, shyer, goofier and less entertaining than their friends. Their main purpose is to make the next-door neighbour look good. Obviously, there's Canada, which is the ugly friend of America. New Zealand is the dingo date for Australia. Ulster is the foul-gobbed psycho with a neck tattoo out with lyrical, literate, craicing Eire. But how depressing must it be to be the forgettable one out on a date with Spain? It's a Ladyshave assault course.

Portugal has been doomed to be the mini-me España. It's Spain that's famous for sailors and discoverers, when, in fact, the Portuguese were better and braver at it. Spain got fascism and Franco; Portugal just got some bloke called Salazar, but nobody noticed. Spain got bullfights, flamenco, Penélope Cruz and Real Madrid; Portugal got golf courses, porto, gout and domestic servants. Name three famous Portuguese who weren't sailors. Or three of your favourite Portuguese dishes. Okay, so there's bacalao (salt cod), those little custard tarts and, erm, another one of those delicious little custard tarts.

One of the problems with the communal, back-slapping, one-for-all-and-all-for-France Europe is the rock-on relativism (by the way, Portugal is in the EU, isn't it?). We're all supposed to be uniformly good and nice and attractive. We're supposed to believe that everyone's sense of style is equal, that their pop songs are jointly joyous and that everyone's domestic cookery is equally, salivatingly moreish. So in EU-topia, the food of Greece is as wonderful as Italy's, although there's always the proviso that it has to be really, really well made. How many people do you think there are who can make Greek food taste good? Very few. And they're all Turks.

In gallant little Portugal, the food is well meaning and pretty dreadful. And before you say anything, no, I've never had it well made, because I've never found anyone who can be bothered to make it. Salt cod, of course, can be fantastic, but one swallow doesn't make a cuisine. Then there are all those things made with chickpeas. The Portuguese are very fond of pulses, bobbing like buoys in soups of old fatty fat.

I'm sure if you're born to it, it reminds you of your grandmother's beard and your mother's mop bucket. Portuguese food is heaven - if you're Portuguese. But if you come to it with a mild hunger and a choice, it's just sort of Spanish, but without the shrieking. Dinner of the Dons always seems as if it's therapy to cope with the sensory, religious and emotional overload of being Spanish. Portuguese food, on the other hand, is more your necessary ballast and seasick ammunition for discovering Tierra del Fuego - or being the live-in couple for a rock star in Sussex.

[...]

Tugga is going to have a hard time competing with its pounding, tequila-slamming, chip-and-dip, youth-ogling, short-skirted neighbours. But then, for Portugal, that's a familiar story.

AA Gill in
The Sunday Times

20060203

Portugal na 11ª posição no ranking ambiental mundial

Portugal aparece nos lugares cimeiros, entre 133 países, numa avaliação sobre o desempenho ambiental das nações. O índice, construído por especialistas das universidades de Yale e de Columbia, nos EUA, será apresentado amanhã no Fórum Económico Mundial de Davos, na Suíça. A colocação do país na 11.ª posição é, no entanto, contestada pelos ambientalistas, que consideram que as fontes usadas não retratam a realidade.

Liderado pela Nova Zelândia, o ranking tenta quantificar o desempenho ambiental dos países, tal como se faz para a educação ou a economia. O objectivo dos seus autores - que sublinham que este é apenas um ensaio piloto, com deficiências que terão de ser colmatadas - é criar uma série de indicadores que permitam medir os progressos dos países em matéria ambiental.

O Índice sobre o Desempenho Ambiental (EPI na sigla inglesa) centra-se em dois grandes objectivos: a redução do impacte dos problemas ambientais na saúde humana e a promoção da vitalidade dos ecossistemas e de uma boa gestão dos recursos naturais. Para avaliar a performance dos países, estes objectivos são avaliados segundo 16 indicadores.

Cada um destes indicadores vai de 0 a 100 e os países são avaliados consoante a posição que ocupam. Portugal conseguiu uma pontuação de 82,9, enquanto a Nova Zelândia, que se encontra em primeiro lugar, atingiu os 88, e o Níger, na última posição, se fica pelos 25,7.

As fontes usadas para conseguir avaliar as nações variam muito mas a maior parte da informação tem origem nas agências das Nações Unidas. Que, pelo menos no caso português, dão algumas indicações erradas. Um exemplo: o saneamento básico é um dos cinco indicadores para medir a saúde ambiental, que por sua vez conta com 50 por cento para a ponderação final da posição dos países neste ranking. No estudo das universidades americanas, Portugal surge como tendo 100 por cento da população ligada à rede de esgotos. Na realidade, esse número ronda os 70 por cento, lembra Francisco Ferreira, da associação ambientalista Quercus.

Em contrapartida, um outro indicador levanta dúvidas no sentido contrário. Em relação à protecção da natureza, o país aparece mal classificado. A meta estabelecida pelos autores é que 90 por cento dos espaços naturais do país deveriam estar classificados. Portugal aparece
com apenas 10,5 por cento. Sabendo-se que 22 por cento do país tem estatutos de protecção, quer por via das áreas protegidas quer pela Rede Natura 2000, este número apresenta incongruências.

"O problema deste estudo está nas fontes", considera Francisco Ferreira. "Estão a construir indicadores que não traduzem a realidade." Se para alguns países em vias de desenvolvimento poderá ser difícil aferir da fiabilidade dos indicadores, no caso dos países europeus a situação ambiental é regularmente avaliada pela Agência Europeia do Ambiente, que "o faz de uma forma mais fiável", acrescenta o ambientalista, lamentando que os autores do estudo não tenham usado este organismo como fonte. Nestes levantamentos europeus, acrescenta, Portugal aparece mal classificado no que diz respeito à concentração de partículas nas cidades e na emissão de dióxido de carbono, ao contrário do que acontece no estudo americano.

Mas se a Europa conhece bem a sua situação, o mesmo não se pode dizer de muitas das nações do mundo. O exercício das universidades norte-americanas pretendia, precisamente, colmatar esta lacuna, dotando os governos de indicadores comparáveis à escala mundial para melhor perceber o caminho que falta percorrer. Uma ferramenta essencial para conseguir cumprir os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio, que contemplam uma série de requisitos ambientais como o abastecimento de água potável. Daí os autores pedirem contributos para melhorar estes
indicadores.
O relatório pode ser consultado em www.yale.edu/epi.


Indicadores Valor Meta Aproximação:*

Mortalidade infantil (mortes/1000) 0,5 0 98,2
Poluição do ar interior (%) 0 0 100
Abastecimento de água (%) 100 100 100
Saneamento básico (%) 100 100 100
Partículas (nanogramas/metro cúbico) 34 10 83
Ozono troposférico (partes por mil milhões) 50,2 15 17,2
Carga de azoto (miligramas/litro) 179,6 1 96,6
Consumo de água (%) 10 0 81.8
Protecção da natureza (%) 10,5 90 11,7
Protecção de eco-regiões (1=10% de biomas protegidos) 0,8 1 76
Taxa de desflorestação (%) 3,2 3 99,2
Subsídios agrícolas (%) 0,8 0 91,4
Sobrepesca (de 1 a 7) 6 1 16,7
Eficiência energética (megajoules/unidade de PIB) 5618 1650 83,4
Energia renováveis (%) 16,4 100 16,4
CO2 por PIB (toneladas/unidade de PIB) 126 0 89,0

*em relação à meta (100)

Ana Fernandes

20060202

Martyrdom in Europe

News that a native Belgian-born convert to Islam blew herself up in Iraq, becomingthe first female Western convert to Islam to blow herself up for "martyrdom", should not have surprised the West, for martyrdom as an aspect of extremist violence has a long history in both Islam and Christianity. It's as if being born and raised in the West were a vaccine against religious extremism.
[...]

But Muriel Deraque's tragic end in Iraq could be a sign that the lure of religious self-sacrifice is once again resonating among some Europeans, a zeal that isn't exclusive to fanatical followers of Islam. [...] I find in Muriel's story a confirmation that the spiritual wall that separates Muslim and Christian extremism isn't very thick. [...] Indeed, the fight against evil worldwide provides Catholic and Islamic zealots a lot to agree on, including the practice of martyrdom.

Doctrinal similarities between Roman Catholicism and Islam provide an easy bridge for dissatisfied Christians to cross into Muslim faith. Seen through the window of Catholic orthodoxy, Muriel's decision not only becomes conceivable -- even the late Pope John Paul II called the invasion of Iraq immoral -- but also hints that she may be only the first of a long line of European defenders of God getting ready to fight against Western materialism and moral turpitude.

Martyrdom, intrinsic to Catholicism, rose to prominence during the fourth century when Catholics came to believe that dying for one's faith was not just a duty, but also an honor and a privilege. Under Catholic canon law, Christian martyrs are assured immediate ascension to Paradise upon their death. Martyrdom cleanses the person of every sin, even capital ones. At the time of the Crusades, the promise of eternal life achieved through fighting for the glory of God, and not only the lure of free land and war loot, compelled thousands of Christians to travel to Jerusalem, especially during the first Crusade.

Closer to our time, the late Pope Jean Paul II actively celebrated the gift of martyrdom. During his papacy, he beatified 266 martyrs. In 1982, he canonized Maximilian Kolbe as a martyr of charity. Kolbe was a Polish priest and theologian who, while interned at Auschwitz in 1941, offered his life in exchange for that of another prisoner. The Nazis condemned him to slow death by starvation, but seeing that he was lasting longer than expected they terminated him with a poisoned injection. Today Kolbe is considered the protector saint of journalists, families, prisoners and chemically addicted persons.

"Charity, in conformity with the radical demands of the Gospel, can lead the believer to the supreme witness of martyrdom," wrote JPII in his encyclical Veritatis Splendori. In so doing, he recognized that those who act -- witness -- on their faith against tyranny are to be considered martyrs. While the definition has been used generally to recognize those who do not fear self-destruction for the sake of affirming the sacredness of human life, in the U.S., anti-abortion bombers and snipers do not hesitate to cloak themselves with the mantle of martyrdom.

[...]

In 2003, French Judge Jean-Louis Bruguiere, foretelling what would come years later, warned that terrorist networks in Europe were actively seeking to recruit Caucasian women. He predicted that in an initial phase they would be used merely for logistics and communication, but that it would be just matter of time before they started to carry out attacks themselves. Deraque's case seems to confirm that the time has come.

Paolo Pontoniere in
Religious Martyrdom Is a European Ideal, Too
via Pacific News Service
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