Reinventar a roda?
Fui criticada pelo meu post anterior e admito que o texto não é recente, diz algumas barbaridades completas com as quais também não concordo e mancha em geral o nosso orgulho nacional.
Mantenho-o apesar disto porque remete nomeadamente para a questão que curiosamente também atingiu o ego do nosso comentador anónimo: a que está patente naquela parte do 'to get laid'.
A realidade é que fomos nós que desenvolvemos o argumento da mestiçagem como um dos argumentos modernos para justificar o lado sombrio dos descobrimentos quinhentistas e colonização portuguesa em geral - uma coisa positiva que os Portugueses 'fizeram' durante as suas descobertas/colonização; uma prova da sua não-discriminação para com as nativas, perdão os nativos [os quinhentistas portugueses eram já tão modernos!], ao contrário dos outros europeus claro [que por acaso levavam nas suas viagens para além do padre como nós, as respectivas mulheres - hum, não será que isso os faz mais modernos a eles?].
Não foi portanto o nosso amigo Gill que inventou esta ideia só para nos ofender - fomos nós que a idealizámos e continuamos a papaguear com a satisfação de quem conta uma história da carochinha.
Pardon my french.
Mantenho-o apesar disto porque remete nomeadamente para a questão que curiosamente também atingiu o ego do nosso comentador anónimo: a que está patente naquela parte do 'to get laid'.
A realidade é que fomos nós que desenvolvemos o argumento da mestiçagem como um dos argumentos modernos para justificar o lado sombrio dos descobrimentos quinhentistas e colonização portuguesa em geral - uma coisa positiva que os Portugueses 'fizeram' durante as suas descobertas/colonização; uma prova da sua não-discriminação para com as nativas, perdão os nativos [os quinhentistas portugueses eram já tão modernos!], ao contrário dos outros europeus claro [que por acaso levavam nas suas viagens para além do padre como nós, as respectivas mulheres - hum, não será que isso os faz mais modernos a eles?].
Não foi portanto o nosso amigo Gill que inventou esta ideia só para nos ofender - fomos nós que a idealizámos e continuamos a papaguear com a satisfação de quem conta uma história da carochinha.
Pardon my french.
2 Comments:
My remark didn’t imply any historical judgment. I just think that the concept of mocking an entire country and culture in the context of a restaurant review reveals more about the British hypocritical (multicultural?) model of hidden xenophobia than anything else.
If it is a matter of form rather than content then I am forced to agree with you.
Off the topic: tolerance can hide indifference or something else - the Dutch are accused of the same - but the fact is that a multicultural society IS a challenge.
Back to Tugga, it is possible that Gill just didn't like the Portuguese that live down in Vauxhall. That possibility doesn't interest me and it was surely not the reason why his text was reproduced.
Some of what he mentions is just a reflex of bad marketing of a country (all countries market themselves as we know), and as a Portuguese citizen that is what I find a terrible shame, which has in addition severe consequences in our economy and our influence in the international arena. Having said this, I firmly believe one must be aware of the nature of a problem if one is ever going to be able to overcome it - and let's face it, there is probably an image problem here...
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