Nas leituras de Eco: Baudolino é enganado por Zósimo
[...]
- Entre estes monges vinha um tal Zósimo de Calcedónia. Fiquei impressionado com a sua figura magríssima, dois olhos que nem tições rodavam sem parar iluminando uma grande barba negra e uns cabelos compridissímos. Quando falava, mais parecia que dialogava com um crucifixo que lhe sangrava a dois palmos da cara.
-Conheço o tipo, os nossos mosteiros estão cheios deles. Morrem muito jovens,
definhados...
-Ele não. Nunca vi em toda a minha vida tamanho glutão. Uma noite levei-o também a casa de duas cortesãs venezianas, que como talvez saibas são famosíssimas entre as cultoras desta arte tão antiga como o mundo. Às três da manhã eu estava bêbedo e fui-me embora, mas ele ficou, e tempos depois uma das raparigas disse-me que nunca deviam conseguir refrear um satanás daquela espécie.
-Conheço o tipo, os nossos mosteiros estão cheios deles. Morrem muito jovens, definhados...
[...]
Umberto Eco, BAUDOLINO [2000].
- Entre estes monges vinha um tal Zósimo de Calcedónia. Fiquei impressionado com a sua figura magríssima, dois olhos que nem tições rodavam sem parar iluminando uma grande barba negra e uns cabelos compridissímos. Quando falava, mais parecia que dialogava com um crucifixo que lhe sangrava a dois palmos da cara.
-Conheço o tipo, os nossos mosteiros estão cheios deles. Morrem muito jovens,
definhados...
-Ele não. Nunca vi em toda a minha vida tamanho glutão. Uma noite levei-o também a casa de duas cortesãs venezianas, que como talvez saibas são famosíssimas entre as cultoras desta arte tão antiga como o mundo. Às três da manhã eu estava bêbedo e fui-me embora, mas ele ficou, e tempos depois uma das raparigas disse-me que nunca deviam conseguir refrear um satanás daquela espécie.
-Conheço o tipo, os nossos mosteiros estão cheios deles. Morrem muito jovens, definhados...
[...]
Umberto Eco, BAUDOLINO [2000].
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